sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

beijos que me deste



 


Amoras silvestres
à beira do caminho
tantos beijos me deste
carinhos sem espinho.

o peito estremece
sem sonho, sem amor
o coração padece
e morre a flor.

é triste a história
é ave sem plumagem
a vida transitória
árvore sem folhagem.

o rosto é beldade
o tempo é enguiço
foi-se a mocidade
quem fez o feitiço?

céu de estrelas coroado
olhar de bravura
de verde pintado
tanta formosura.

ondas de saudade
tanto o estremecimento
chegou à idade
perdida em lamento.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net

 

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