segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

trovas ...à vida

 
 
digo  à vida que existo
e à saudade que me invade,
que da mágoa já me disto
faço da ilusão verdade...

e se a vida não me ouvir...
não estou aqui nem ali
talvez que assim a fingir
pense que já a esqueci...

assim morta vou andar
como sonho que sonhei
e num lento acordar...
então á vida direi:

estou enraizada ao chão
todo este tempo por fim
meus dias tristes que são
se tu te esqueces de mim.

sou de repente o inverno
quando já fui lua nova...
verso que se quer  eterno
um dos quatro duma trova.
 
sou maré que sobe e desce
água da fonte cristalina
trova que não se esquece
sou sina da minha sina.
 
natalia nuno
rosafogo
imag. net
quadras de 2003
 
 









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