quinta-feira, 21 de abril de 2011

CHORAM MEUS OLHOS



São as palavras que escrevo
Um bem que é tão necessário
Quer queira ou não, me atrevo
Escrevê-las em tempo solitário


Escrevo desta maneira, saudosa
Quer seja noite ou talvez de  dia
Ao ver passar os anos, e chorosa
Saudosa ao ver acabar outro dia.


Trago no rosto linhas severas
Ao ver que me fugiu a mocidade
Lembranças me doem... deveras
De tudo que fui resta a saudade.


Choram meus olhos tão caídos!
É já muita a memória que perdi
Voam perdidos os meus sentidos
Já não sei de nada, e nada ouvi!


O coração nesta altura descansa
As lembranças já são coisas raras
Busca às vezes algumas da criança
Que como diamante brilham claras.


rosafogo
natalia nuno

4 comentários:

Célia Gil disse...

As lembranças vão-se desvanecendo com o tempo, a ficam as melhores, aquelas que dão sentido à vida!

orvalhos poesia disse...

Verdade amiga, mas minha memória ainda consegue ir aos meus três anos, as coisas mais recentes é que por vezes falham.

Beijinho grata pela visita
Boa Páscoa amiga

Fernanda M. Mesquita disse...

As lembranças más guardo-as como lições, as boas como pérolas que me deleitam quando tentam fazer-me esquecer quem sou. Mesmo que me pesem na dor ou na saudade, tento carregá-las sem nunca parar. Porque se paro, esqueco de viver o presente e impedirei que o futuro seja adornado de recordações.
Continue escrevendo e partilhando e ajudará a criar um futuro mais rico em cada um que a leia.
Fernanda

orvalhos poesia disse...

Obrigada Fernanda, adorei teu comentário, palavras sábias me deixaste.

Beijinho, continuarei a ter o prazer de partilhar com amigos/as sensíveis como tu e a gostar de ler o que tão bem escrevem e partilham.
Beijinho