sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DESAFIO



Portugal é pequenino
É como altar eu bem sei!
E o fado é seu destino
E eu também já o cantei.

Encanto e muita história
Mas nada mais que lhe reste
Triste é sua trajectória
Não tem governo que preste.

Mas tem noites enluaradas
Belas paisagens, belo mar!
Pobres gentes bem apertadas
Futuro de cinto pra apertar.

Falar-te de Saramago
Também nasceu no meu chão
Levou com ele o travo amargo
Que sentiu da incompreenssão.

Os outros nasceram tortos
Sou eu tua amiga quem o diz
Falam deles depois de mortos
É assim neste pobre País...

E eu sou do verso inquilina
Meu canto visto de verdura
Sou do Povo, menina traquina!
Tenho por ele muita ternura.


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=195427&com_id=788382&com_rootid=788331&com_mode=nest&com_order=0#comment788382#ixzz1UqQzKLc1
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Estas quadras feitas de improviso para responder a um desafio a um comentário no Lusopoemas.
Estas quadras feitas de improviso para responder a um desafio a um comentário no Lusopoemas.

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Os governos têm sido fraquinhos, de facto. E já há muitos anos.
E é depois de mortos que os artistas são todos bons...
Gostei do poema, principalmente porque aponta alguns dos nossos males...
Beijo, querida amiga Natália.

Penélope disse...

Pois estes versos são carregados de musicalidade.
Ser inquilina dos versos que tecem as poesias é ser iluminada.
Adorável.
Abraços