eu sou brasa sou fogo
um cardo no caminho
faço da vida um jogo
o fim anda pertinho
sou nocturno sossego
raio de sol ardente
não largo, não despego
sou ao longe o poente
sou a lágrima o pranto
sou flor que desabrocha
sou arrebol, desencanto
sou a chama duma tocha
sou a lua milenar
sou fogo sem ambição
a esconder o meu pesar
neste verso de aflição.
sou a voz do sino
que se ouve no arvoredo
voz de menina ou menino
que vive sempre com medo.
«sou talvez a ventania»
que passa e agoniza...
não sou mais eu hoje em dia
só saudade em mim desliza.
natalia nuno
rosafogo
imagem net
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