segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

QUADRAS P'LO CAMINHO

















Sou uma roseira sem espinhos
Nascida num monte agreste
De dia vejo os caminhos
De noite o luar celeste.

Passáste por mim com desdém
Por não ser eu flor de jardim
Não te julgues tu alguém
Pois teremos igual fim...

Galgo montes e valados
Já o sol me vai escaldando
Ninguém ouve já meus brados
Sou flor só! Vou caminhando.

- É uma mentira enganosa
Sou do campo, mas sou gente!
- De manhã sou flor mimosa
 - À noite mulher ardente.

À nobreza não me rendo
Pois se eu sou flor do Povo!?
Por dinheiro nenhum me vendo
Sou troveira num tempo novo.


Quero ser para sempre esta flor
Simples... do campo o tempo todo
Verdadeira, ter da rosa o odor
Não ver-me nunca afundada no lodo.

rosafogo
natalia nuno


Trovas feitas num Abril já passado, mas ainda
lembrado.








































2 comentários:

Anónimo disse...

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinicius de Moraes

Amor & Paz no seu dia...Beijos...M@ria

orvalhos poesia disse...

Obrigada minha querida amiga, prazer te
receber.

Beijinho e tudo de bom para ti ambém.

natalia