sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

TROVAS AO DESPIQUE



A trova é para troar
Aos ventos pois então!
Se a trova queres travar
Travas também o coração.


Trova-se na madrugada
Ao doce alvor da manhã
A trova sem ser travada
É vermelha cor de romã.


Morrerei de saudade tua
É o coração quem me diz
Coração  não se habitua
À dor de não ser feliz.


Vem atear-me a chama
Não deixes o tempo fugir
Meu coração por ti chama
Desdita se o deixas desistir.


Não traves os sentimentos
Deixa-os na trova travados
Junta aos meus teus lamentos
As trovas são nossos fados.


Um rio é uma gota de água
Meus ollhos são uma torrente
Delicada é minha mágoa...
Que trago desde a nascente.


Já arde  em mim a fogueira
Que nem mar consegue travar
Será  até que Deus queira...
O fogo, deste jeito de amar.


rosafogo
natalia nuno


imagem do blog imagens para decoupage

2 comentários:

alma disse...

Natália,

As tuas quadras têm o fulgor da vida, das emoções em festa ou em tristeza, mas sempre com um cunho de quem ama a poesia.

bj

orvalhos poesia disse...

É isso mesmo amiga, é esta sedução pela escrita, esta loucura que ardentemente abraço.Não posso estar sem escrever é a minha necessidade maior.

Grata por teres vindo Eduarda, és uma amiga gentil.

Beijos