faço verso e poema
a fazê-los não recuso
faço-os de qualquer tema
mas da saudade abuso
faço verso esfarrapado
descalço e sem camisa
ainda que desprezado
de o pisar ninguém precisa
faço verso a pão e água
até de barriga vazia...
vaso nele minha mágoa
outras vezes alegria
assim sem vírgula o faço
logo é o verso frustrado
furto simples é meu traço
quem o lê tenha cuidado
faço-o gemido e chorado
a implorar liberdade...
sempre ao peso vergado
duma imensa saudade...
faço verso e a vida passa
brinco com a imaginação
e de novo o sonho se faça
poema em meu coração.
rosafogo
natalia nuno
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